terça-feira, 19 de maio de 2015

O preservativo pode ser muito, mas muito antigo

Uma pintura de 12 mil anos encontrada na caverna de Combarelles, na França, mostra um casal fazendo sexo. Só que dá pra notar que o homem da pintura está com o pênis coberto. Uma primeira ideia do que hoje é a camisinha? Pode ser. Também existem registros do Egito Antigo que descrevem homens de classes altas usando na glande um acessório feito de intestino animal. Outros relatos são de faraós com o membro coberto de papiro lubrificado com óleos, e chineses com papel de seda untado. Tudo muito distante do que conhecemos hoje.
A camisinha mesmo começou a ser criada no século 16 pelo anatomista italiano Gabriele Fallopio. Na verdade, ele deu o pontapé inicial. Nos séculos 17 e 18, os preservativos de intestino animal ficaram populares e começaram a ser usados pela nobreza e pelos mais ricos para evitar filhos bastardos. Aí o engenheiro americano Charles Goodyear entrou na jogada no século 19 e desenvolveu a vulcanização, um processo que torna a borracha extremamente maleável e resistente. Mas foi o químico Julius Fromm quem ampliou o uso do material. Em 1912, ele misturou a borracha com gasolina e benzeno e conseguiu um material líquido. Em seguida, Fromm mergulhou um molde nessa sopa e obteve uma camisinha mais fina e sem costura. E pode acreditar, é algo bem próximo do que temos hoje. A produção em massa começou em 1916, há quase 100 anos.
Uma imagem do que seria a camisinha (com um manual) em 1813