segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sem ouvir o povo, PMDB corre risco de errar de novo

 
O ministro demissionário da Previdência, Garibaldi Filho, declarou em entrevista ao JH, no final de semana, o que já tinha declarado o presidente do PMDB/Natal, deputado Hermano Morais: que o PMDB não tem compromisso com a reeleição do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT).
Apesar de alinhados nessa declaração, os dois desafinam quando Hermano diz que não descarta sua candidatura a prefeito em 2016, e Garibaldi compromete o seu apoio pessoal à candidatura do primo-prefeito.
Garibaldi quer retribuir o apoio de Carlos à candidatura sem sucesso do deputado Henrique Alves ao Governo.
E diz que o partido vai ouvir todos antes de tomar decisões.
Mas…ouvir quem?
Se não for o povo, melhor nem perder tempo.
Ou o recado das urnas de outubro não foi compreendido?
Em relação à sucessão municipal, Garibaldi e Henrique são considerados líderes ‘do andar de cima’, e é esse ‘andar de cima’ que tem incomodado o ‘andar de baixo’, ou seja, o povo.
Que está de saco cheio de candidaturas discutidas entre 4 paredes, onde não se desce um degrau para se ouvir quem realmente tem votos: o eleitor.
A chamada transferência de votos perde força a cada dia como provou a eleição de outubro, onde as maiores “forças”, literalmente entre aspas, do Estado, se juntaram para perder. Todos de uma vez.
Bertone e Ubaldo não escondem de ninguém que o PMDB deve ter candidato e que o nome deve ser o de Hermano. Já Felipe está numa sinuca de bico pois é primo do prefeito Carlos Eduardo e diz que ele “vestiu a camisa” da candidatura de Henrique.
Felipe só não diz que…não deu certo.
Os quatro só foram unânimes em uma coisa: querem ouvir o que pensam os eleitores antes de qualquer definição.
Portanto, na sucessão municipal, deverá ter sucesso quem optar por seguir a voz do povo.
Que anda mais grossa e mais forte do que pensam os…ex-grandes líderes.