segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mercado prevê menos inflação e mais crescimento em 2013

Os economistas do mercado financeiro subiram, na semana passada, sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 e também reduziram sua expectativa de alta da inflação neste ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo o relatório de mercado, também conhecido como Focus.
O documento, que é fruto de pesquisa do Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, foi divulgado nesta segunda-feira (25) pela autoridade monetária. Segundo o BC, a previsão de crescimento do PIB dos analistas dos bancos, relativa ao ano de 2013, avançou de 3,08% para 3,10% na última semana.
Mesmo com o crescimento, o mercado dá sinais, novamente, de que não acredita na estimativa do Ministério da Fazenda, de que o PIB vá crescer mais de 4% neste ano. Para 2014, porém, a previsão dos analistas do mercado financeiro para o crescimento econômico recuou de 3,65% para 3,60%. Foi a segunda semana consecutiva de queda deste indicador.

Inflação e juros
No caso da inflação neste ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão do mercado financeiro recuou de 5,70% para 5,69% na semana passada. Foi a segunda semana seguida de recuo da estimativa de inflação para este ano. Para 2014, a estimativa do mercado financeiro para o IPCA ficou estável em 5,50%.
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Após a manutenção dos juros em janeiro pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em 7,25% ao ano, o mercado financeiro segue acreditando que a taxa permanecerá neste patamar, pelo menos, até o fim de 2013. Para o fechamento de 2014, a previsão do mercado para a taxa básica de juros foi mantida inalterada em 8,25% ao ano - o que pressupõe elevação dos juros no decorrer do próximo ano. (Com informações do G1)