quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Homicídios crescem 18% em Natal e 14% na região metropolitana, diz PM


Os crimes de homicídio cresceram 17,9% em Natal e 13,8% na região metropolitana da capital potiguar. Em Mossoró, na região Oeste do estado, os casos de homicídio diminuíram 39,7%, de acordo com dados oficiais da Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) do Rio Grande do Norte. O resultado compara os crimes registrados pela Polícia Militar entre 1º de janeiro e 26 de novembro deste ano com igual período de 2011.
Os números foram repassados na manhã desta quarta-feira (28). As estatísticas, contudo, não incluem os homicídios nos últimos dois dias, quando foram registrados, também segundo a Polícia Militar, quatro mortes em Natal e um em Mossoró. Apesar de divulgar as informações, a Sesed preferiu não comentar a avaliação. Procurado pela reportagem, o secretário Aldair da Rocha não retornou as ligações.
Na primeira estatística repassada pela Polícia Militar, em setembro passado, o índice na capital potiguar apontava para um crescimento de 10% nos casos de homicídio. Na ocasião, os dados comparavam as mortes por assassinato ocorridas entre 1º de janeiro e 17 de setembro deste ano e o mesmo período de 2011.
Direitos Humanos
Marcos Dionísio Caldas, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, afirma que o número de assassinatos na capital é bem maior que o divulgado. De acordo com ele, o Conselho realizou um levantamento junto ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) e constatou 308 homicídios ocorridos em Natal somente até 30 de setembro de 2012. A diferença se dá em razão de vítimas que morrem nos hospital dias após a ocorrência de atentados, o que não aparece na contabilidade da PM, que registra apenas os homicídios constatados ainda no local do crime.
"Nós acreditamos que Natal atingirá uma triste marca: 2012 será o ano mais violento, ultrapassando os 400 homicídios registrados em 2008", declarou o presidente do Conselho de Direitos Humanos do RN.
Fonte: G1