quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Greve na Uern completa 71 dias sem nenhuma perspectiva de solução por parte do Governo do Estado




O Governo Rosalba Ciarlini parece que não está nem aí para com a greve dos professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte(Uern). 

A greve completa hoje 71 dias. São mais de dois meses sem aulas na única Universidade patrocinada pelo Estado.

A direção da Associação dos Docentes da Uern (Aduern) acusa o Governo de intransigente e de de inflexível diante das reivindicações da categoria.

“Apesar de todos os esforços da Aduern, o Governo do Estado continua inflexível e se nega a achar uma solução para o impasse”, diz a direção da Aduern.

Entre outras coisas, os professores da Uern reivindicam reposição salarial de 23,98%. 

Diante da inflexibilidade do Governo, a Aduern apresentou uma contraproposta escalonando o reajuste de 23,98% em três parcelas a serem pagas nos meses de outubro, novembro e dezembro. E que o retroativo de abril a setembro fosse pago em 2012. 

O Governo não aceitou a contraproposta e avisou que não poderia pagar nada em 2011. Sinalizou com uma proposta de parcelamento do reajuste de 23,98% nos anos de 2012, 2013 e 2014.

“Essa proposta humilhante e demonstra o total desinteresse da administração estadual em buscar uma solução para esse impasse. Além isso, mostra que o Governo não dá importância à única Universidade Estadual do RN”, lamenta Flaubert Torquato, presidente da Aduern.

Mobilização

O comando de greve dos professores da Uern definiu a programa de atividades para esta semana. 

Na noite de ontem foi realizado um ato público-literário durante a abertura da Feira do Livro de Mossoró.

Nesta quinta-feira(11), Dia do Estudante, a Aduern vai promover o evento  “Uern em Debate”, no pátio da reitoria da instituição, a partir das 8 horas.

Na ocasião, haverá o lançamento de um manifesto e abaixo-assinado em defesa da Uern. Além disso, o evento contará com a presença de representantes de segmentos religiosos, artístico-culturais, sindicais, políticos e ex-reitores.

“Todos os professores devem participar das mobilizações de forma a fortalecer o movimento paredista. Precisamos mostrar que os professores estão unidos em defesa da Uern”, afirma Flaubert Torquato.