domingo, 26 de junho de 2011

Iberê Ferreira: "Não tenho receio, não tenho medo, medo de ninguém desse governo"

Eita que o ex-governador Iberê Ferreira de Souza tinha dito que não ia falar mais sobre o imbróglio levantado em torno de uma dívida dele com o Bandern - coisa de 23 anos atrás - mas ligou mesmo foi a metralhadora giratória agora há pouco na 98FM, em entrevista a Felinto Rodrigues e Robson Carvalho. 

"Não vou ficar no bate-boca, mas o governo ligou o retrovisor e foi para 23 anos atrás, e uma lente de 23 anos termina dando distorções", disse Iberê, questionado sobre a denúncia do dia, mais outra, onde o Ministério Público diz estar investigando - segundo manchete de jornal - a "transação financeira" entre o governo Iberê e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. A notícia se refere a um repasse de 7 milhões de reais autorizado pelo governo anterior para o TJ. "Mas a governadora foi lá no Tribunal, e renegociou pra pagar em 10 meses. Se era ilegal como a governadora renegociou?", provocou Iberê, que em nenhum momento da entrevista citou o nome de Rosalba Ciarlini, referindo-se à chefe do Executivo sempre como "governadora ou governo". Sobre greves no Estado, o ex-governador lembrou que esteve no mandato, em pleno ano eleitoral, quando as reivindicações são sempre maiores, mas que não enfrentou nenhuma greve. "Quando a polícia acampou no Centro Administrativo eu desci a rampa, conversei com eles e abri o diálogo com eles", disse. Mais uma vez questionado sobre as acusações do governo atual à sua gestão encerrada no final do ano passado, Iberê não poupou ninguém: "Eu não sei quem fala pelo governo. Tem hora que é o chefe da Casa Civil, tem hora que é o Procurador Geral. Outros dizem que quem fala mesmo é o marido da governadora e ela só cumpre agendas sociais como ir a quadrilhas e missas". Silêncio no front...o ex pegou pesado... Tanto que ele próprio, quando encerrou a entrevista, pediu desculpas por ter sido tão..."veemente". Mas Iberê justificou que tudo isso estava lhe cansando e que ele iria à justiça sempre que fosse preciso. "Não tenho receio, não tenho medo, medo de ninguém desse governo"...